segunda-feira, 24 de maio de 2010

Foi friamente!

 A sua mão naquele dia estava fria, tremendo, talvez porque você não queria me dizer tudo aquilo, talvez. Mas você disse, e me machucou muito. Eu já estava acostumada com isso, mas dessa vez foi diferente, doeu de uma maneira tão forte que está aqui até hoje, mesmo depois de tanto tempo. Nem o ódio que tomou conta de mim depois daquela noite me deixa esquecer, foi de uma maneira tão fria, que o inverno passou despercebido naquela noite. Não foi só meu coração que doeu, tudo que estava em minha volta sentiu o que eu estava sentindo, foi forte.. E hoje, a única coisa que eu não me lembro foi o como você me fez bem, e quer saber, é melhor assim. Se eu me lembrasse ia ser pior, pra mim e pra você. Longe de mim é o seu lugar, assim como eu estou distante de tudo que lembra você. Afinal, tudo que eu tinha que sofrer eu já sofri naquela noite, e não preciso de nenhuma lembrança que me faça viver tudo aquilo outra vez. Eu não preciso de lembranças, eu não preciso de você. Na verdade, tudo que eu preciso neste momento é preencher esse vazio que insiste em dizer seu nome e trazer de volta tudo aquilo que já acabou.


                                                                                                                                     Karen Inácio

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